Hobby Time – Consoles Clássicos

Inicialmente: para efeito de definição, “Consoles Clássicos” são aqueles lançados até a década de 2000. Ou, de forma geral, qualquer coisa lançada até a época em que os desenvolvedores não achavam que precisavam enfiar gráficos 3D em tudo.

Sobre gráficos 3D, um pequeno rant: olhando em retrospecto é claro que a Sony tentou trazer gráficos 3D no primeiro PlayStation como uma forma de mostrar que ele era o futuro (e realmente era, naquele momento). O problema disso é que os gráficos, em sua maioria (por causa das próprias limitações do hardware), eram feios de doer.

Passada essa minha chateação inicial, podemos voltar ao texto do post.

Colecionar consoles clássicos é algo que eu sempre me animei em fazer, embora nunca tenha dado prioridade a isso.

Durante minha infância/adolescência eu tive vários consoles de jogos que, em alguns casos, hoje em dia são considerados relíquias. Ou não. Segue a listinha, em ordem cronológica, com alguns comentários:

• Master System III – foi meu primeiro console, meus pais compraram quando morávamos em Mossoró. Era o concorrente direto do NES (inclusivo isso me lembra que eu nunca vi um NES ao vivo), e na época era produzido aqui no Brasil pela Sega/TecToy na Zona Franca de Manaus. Ele vinha com o incrivelmente difícil Alex Kidd in Miracle World na memória. Passei anos tentando zerar esse jogo e NUNCA consegui. Só tive sucesso quando fiquei mais velho e usei um emulador no PC. Tenho boas memórias de quando ia alugar jogos para ele. Na época meus pais chegaram a comprar alguns jogos para ele. Lembro de Chuck Rock (mais abaixo) e um jogo do Pato Donald, onde ele tinha que salvar os sobrinhos e recuperar a moedinha número um do Tio Patinhas. Quando fiquei mais velho meus pais se desfizeram do console e o doaram para meus primos, que depois venderam ele. Uma pena.

• Super Nintendo – Adquiri essa belezinha lá em Campinas. Na época (1994, acho eu) quase todo mundo (que era legal) tinha um Super Nintendo, e o console possuía jogos incríveis para a época. Quando comprei o SNES ele veio com três cartuchos pirateadas com jogos famosos na época: Mortal Kombat 2 (não, meus pais não leram as descrições do jogo) e um cartucho 3 em 1 (contendo Super Mario World, Bomberman e um jogo de futebol que não era International Superstar Soccer, infelizmente). Esse console me acompanhou por aproximadamente 7 anos, apesar de todas as restrições para jogá-lo que eram impostas a mim. Hoje em dia eu posso falar que é meu console preferido: vários dos meus jogos favoritos estão lá, por exemplo: Super Mario World, Mario Kart, Chrono Trigger, Donkey Kong Country 1/2/3, Megaman X/X2/X3, Illusion of Gaia, etc e tal. Recentemente consegui adquirir um SNES Classic Edition para poder jogar de novo esses títulos. Devo postar atualizações em breve.
• GameBoy Classic – o clássico GameBoy tijolão. Minha tia me deu de presente, e salvo engano ela comprou em alguma viagem ao exterior. Só tive uma fita para ele: Super Mario World 2, Six Golden Coins. Joguei alguns jogos dele depois (entenda: Pokémon) em emuladores, mas só.

• PlayStation One – todas as crianças legais tinham um PlayStation, menos eu. O PSX era o futuro, e finalmente uma empresa estava dando um caldo na toda poderosa Nintendo. Meu pai comprou ele em 2001, em uma viagem que fez para os Estados Unidos, logo após o 11 de setembro. Junto do console, ele comprou um jogo: Caesar’s Palace 2000. Sim, um jogo de cassino. O jogo em si não era ruim, mas para um jovem Romero que queria jogar Final Fantasy VII ou Final Fantasy VIII ou ainda Metal Gear Solid, isso foi meio… decepcionante. Mas tudo bem: na época a pirataria rolava solta e desbloqueamos o console alguns dias depois (minha irmã deu uma queda no console enquanto dançava balé no quarto na mesma hora que instalamos ele). Nessa época eu passei a ter mais jogos do que eu podia jogar, e basicamente nunca zerei nenhum jogo nesse console, com a notável exceção de Lunar: The Silver Star Story e Lunar 2: Eternal Blue Complete, até hoje meus jogos preferidos. Estava jogando Lunar 2 novamente no PSP, mas não concluí ainda.

• PlayStation 2 – já esse console eu ganhei em 2005 (acho). Apesar de tudo, o PlayStation 2 não me influenciou tanto. Era difícil ter permissão para jogá-lo, e raramente eu conseguia me animar com algum jogo dele. Tanto que pensando rápido, o que eu mais curti foi The Simpsons Hit and Run. Basicamente um GTA dos Simpsons, o jogo era bem divertido e colorido. Acho que vale tentar jogá-lo de novo. Outro jogo que me marcou foi ATV Offroad Fury, simplesmente porque veio com o console. De resto, até tive que ver quais jogos eu teria jogado, mas poucos tiveram algum significado. Peguei aqui uma lista dos outros que eu joguei: Resident Evil 4, GTA San Andreas, os Metal Gear Solid (apesar de só ter jogado mesmo o 3), Devil May Cry, God of War (falha minha não ter falado antes, lembro que foi uma sensação), Burnout 3 (achava legal destruir os carros), Okami (achava massa, mas nunca joguei de fato), Prince of Persia (comprei e mal joguei), Final Fantasy X, X-2 e XII (minha irmã jogou mais o XII, eu joguei bastante o X, mas nunca terminei), Shadow of the Colossus (um dos únicos que eu terminei, e recentemente joguei novamente no PS4), Dragon Quest VIII (terminei jogando no 3DS anos depois), Dark Cloud 2 (provavelmente um dos melhores jogos do PS2 na minha opinião), Onimusha 3 (era bem legal) e Kingdom Hearts (joguei o 1 e o 2, mas nunca terminei mais que isso). Ainda tenho o PS2 lá na casa dos meus pais, vou trazê-lo para casa.

• Nintendo DS Lite – quando eu viajei para o Canadá em 2005, o Nintendo DS era uma sensação, mas era caro demais para o que eu podia pagar na época. Anos depois, em 2007, eu viajei com meu pai para os Estados Unidos e consegui comprar um Nintendo DS Lite que era lançamento na época: o Crimson Red. Ele tinha uma carcaça vermelha brilhante e a parte inferior era preta fosca. Anos depois ele terminou se deteriorando por falha minha, mas comprei um idêntico, o qual guardo com carinho até hoje. Esse console foi, sem dúvida, o que eu mais joguei. Logo no início eu peguei um flashcard M3, o que não me impediu de comprar alguns jogos para ele. Uma hora falo das minhas peripécias com esse console, e da parte de ROMHacking, que foi algo bem legal que eu me meti por causa do DS. Dito isso, Phoenix Wright (recém traduzido), Animal Crossing e Lock’s Quest, The World Ends With You, Elite Beat Agents e Professor Layton foram os jogos que mais usufruí. Com certeza o DS merece um post só dele.

• PlayStation Portable – comprei um usado enquanto estava na faculdade, em 2008 ou 2009. Na época paguei uma pequena fortuna, mas o console me serviu bem por vários anos. Não joguei tantas coisas próprias nele, a maior parte do tempo ele servia como emulador do PSX ou de GameBoy Advance.
• Nintendo Wii – comprei em 2010 em Londres, na Game que ficava na Oxford Street. Como em 2010 eu passei a trabalhar e ganhar meu dinheiro, nesse momento eu passei a estourar quase tudo que ganhava em jogos. Tenho uma coleção de jogos do Wii que causa inveja, até a hora que a pessoa descobre quanto eu gastei dela. Aí ela causa pena. Apesar disso, eu não consegui jogar tanto no Wii quanto gostaria. Joguei bastante alguns jogos, mas até mesmo os Zelda eu mal peguei. Uma pena, mais uma vez. Mas o Wii merece um capítulo em separado nessa história. Até hoje, considero que é o console mais bonito jamais lançado.

• Nintendo DSi XL – apenas uma atualização ao Nintendo DS. Me convenci a comprá-lo por causa da tela maior, mas comparado com o Nintendo DS eu joguei pouco dele. Mas continua na coleção, e a carcaça azul escura é um charme à parte.

• Nintendo 3DS – um console portátil com uma tela 3D sem necessidade de óculos? Incrível, né? Pena que foi um recurso muito pouco aproveitado. Dez anos depois de seu lançamento (em 2010), pouco se fala disso. Até mesmo as TVs que eram vendidas com óculos 3D caíram em esquecimento. Apesar disso o 3DS foi um sucesso. Comprei essa versão azul turquesa logo no lançamento com alguns jogos, mas infelizmente o início do console não animou muita gente. Também não me animou, para ser honesto. O console passou meses parado. Só me animei mais para jogar quando saiu o The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D, um belo remake. Mesmo assim eu acredito que não aproveitei tanto o console. Acumulei jogos mas joguei poucos.

• PlayStation 3 – comprei em julho de 2011, logo depois que saí de Salvador. Joguei, mais uma vez, menos do que gostaria. O console passou muito tempo paradão em casa, sem uso. Servia mais como um acúmulo de poeira, apesar de toda a biblioteca de jogos bacanas que eu adquiri. Lembro que joguei (e gostei) o Uncharted 2, mas poucos jogos me atraíram por tempo o suficiente.
• Nintendo 3DS XL – um upgrade para o Nintendo 3DS, comprei ele em 2016 ou 2017. É uma edição bonita, e tem me servido bem. Vale um post legal em breve. Fato curioso é que eu joguei muito pouco o Fire Emblem Fates, mas a edição valia a pena.

• PlayStation 4 – último console que comprei, em setembro de 2018, e devo manter assim pelos próximos anos. Tem me servido bem (apesar de ter funcionado por muito tempo como um player de Netflix), e consegui me conter na compra de jogos para ele. Apesar de ter passado o ano de 2020 quase todo longe dele (deixei no Rio em março e só fui pegá-lo novamente em agosto, por causa da pandemia), tem sido o console que mais joguei nesse ano. Vou postar uns updates tão logo quanto possível.
• Nintendo GameBoy Advance/Color – passei a colecionar esses consoles mais antigos esse ano de 2020, então em breve falarei mais sobre a coleção e coisas afins.

Acho que posso falar que meus “piores anos” para jogar ocorreram entre 2010 e 2019. Não sei explicar o motivo, mas sempre ficava sem paciência para qualquer coisa relacionada a jogos. De 2019 para cá consegui voltar a me animar com isso, e me permiti conhecer muitas coisas legais que tinha deixado passar nos últimos anos, em parte por causa do acúmulo compulsivo.

O tema original desse post, que era minha coleção de consoles clássicos, vai ficar para outro momento.

Até mais!