Nessa primeira edição dessa mini série de postagens sobre minha coleção de jogos, decidi escolher o PSP para estrear a coluna. Vamos lá?
Histórico
Meu primeiro PSP – 2009
O PSP foi lançado em meados dos anos 2000. Nessa época eu era um estudante universitário, e infelizmente comprar um console novo não estava nem nos meus planos nem nos planos dos meus pais. A situação começou a melhorar pelos idos de 2009, onde eu já tinha condição de comprar um por minha conta.
Disclaimer: me arrependo de MUITAS compras que fiz na minha vida. Gastei muito mais dinheiro com bobagem do que deveria. Não recomendo a ninguém fazer o que eu fiz. Voltando ao post agora…
Consegui resgatar meu email original da compra naquela época. Inclusive tem uma troca de emails bem interessante, onde eu converso com o vendedor porque meu cartão não tinha limite para uma compra desse porte naquela época.
Vamos fazer umas contas? US$ 147,11, somado ao IOF 6,38%, dá em torno de US$ 156,50. De acordo com uma tabelinha que eu achei da época, um dólar equivalia a R$ 1,819, ou seja: esse PSP me custou R$ 284,67. Não lembro se fui taxado, mas acredito que não tenha sido. Corrigindo para os dias de hoje, pelo IPCA, teríamos que o mesmo PSP custou R$ 531,42. Foi caro? Não acho que tenha sido. Um console desse tipo hoje em dia não sairia por isso. No dia que escrevo esse texto (05/02/2021), eu não conseguiria comprar um PS Vita ou um Nintendo 3DS (ambos consoles já fora de linha) usados. Ah, sim, o PSP era usado.
A título de comparação, quando o PSP passou a ser vendido oficialmente no Brasil, em 2011, o mesmo custava incríveis R$ 1.300,00!! Algo perto de R$ 2.120,00 hoje em dia, ou praticamente o preço de se comprar um PlayStation 4. Honestamente eu acho isso um absurdo.
Apesar de ser um console usado, o mesmo estava em bom estado: o leitor (aparentemente) funcionava, apesar da peça metálica em formato de H que segura a porta estar meio torta, a tela não apresentava defeitos e a aparência externa era boa. Desbloqueei-o logo que chegou e arrumei um cartão MemoryStick Pro Duo de 16 GB por 50 dólares logo depois, o que me permitiu aproveitar bastante os jogos do console, ainda que de forma ilegal. Como já disse logo atrás, eu não tinha lá tanta condição de ter o console, então avalie os jogos.
Lembro que o primeiro desbloqueio que eu usei era com o método Hen. Ele usava uma imagem (figura mesmo) falsa que injetava um código estranho no console, o que permitia que se executassem homebrews e jogos pirateados. Não funcionava muito bem, cumpre salientar, mas alguns anos depois as coisas melhoraram e hoje em dia o desbloqueio é feito através de um aplicativo rodando no Memory Stick.
Acho que de todos os jogos desse portátil, nenhum me animou mais do que Prinny: Can I Really Be The Hero?, um jogo de plataforma bastante difícil ambientado no mundo do primeiro Disgaea (o qual eu nunca joguei até hoje, mas pretendo corrigir isso em breve). No jogo você controla um Prinny, uma espécie de substrato do cocô do cavalo do bandido que, por motivos aleatórios, precisa obter uma super sobremesa no período de 10 horas, coletando um ingrediente de cada lugar do mundo. A história é o menos importante aqui, a jogabilidade é o que conta. E o humor. Sem dúvida é o meu jogo preferido do PSP, tanto que comecei a trabalhar em uma tradução para ele há uns anos, com a ajuda de um amigo, o Gilney. A tradução nunca foi pra frente por preguiça minha mesmo. O jogo foi todo traduzido, só falta eu dar uma revisada, programar uns bagulhos e lançar.
Esse console me acompanhou bastante, desde essa época até ser “aposentado” por volta de 2016-2017. Nessa época eu passei a jogar menos, mas mantinha lá o PSP por perto, mais por costume do que por vontade de jogar mesmo. Até pensei em me desfazer dele algumas vezes, coisa que por sorte não fiz.
Recentemente voltei os olhos pro PSP, e descobri que existem vários jogos MUITO legais nele que eu nunca aproveitei, então resolvi pegar a deixa para arrumar esses jogos e ter essas experiências. O fato de que o PSP foi bastante pirateado aqui no Brasil ajuda muito que os preços de boa parte dos jogos esteja bem em conta hoje em dia. É possível achar bons títulos na faixa dos R$ 40,00 – 50,00, com alguns poucos mais salgados, beirando os R$ 300,00. Na segunda parte desse post eu vou falar dos jogos que comprei para o PSP, e soltar mais ou menos quanto eu paguei por eles.
PSP Go – 2021
Lembro do lançamento do PSP Go, lá perto de quando eu comprei o PSP, em 2009, mas não prestei lá muita atenção. Ele tinha algumas vantagens e desvantagens sobre o PSP, uma delas era de que não tinha o leitor de discos UMD (mídia física do PSP), além de ser menor, ter uma tela menor e maior duração de bateria. Além de uma memória interna de 16GB. O problema maior era que ele era caro, hehehe.
Em 2021 eu terminei adquirindo um desses, usado, pagando a bagatela de R$ 478,88. Eu não tinha exatamente necessidade de adquirí-lo, mas terminei fazendo mesmo assim. O fato dele ser branco meio que me conquistou, tenho que falar. Mais uma para a lista de compras impulsivas.
PSP 2000 Branco – 2021
Como dá para perceber acima, eu comprei dois PSPs no mesmo ano, e não, isso não foi um erro tão grande quanto pode parecer.
Quando voltei a me animar com o PSP, terminei comprando uma quantidade razoável de jogos em mídia física (o erro, portanto, tava aí). Até então eu só havia adquirido um jogo em mídia física, que era o Lunar: The Silver Star Harmony, só que nunca havia jogado ele. Era literalmente um item de colecionador. Quando comecei a testar os jogos no meu PSP preto, percebi que o leitor de UMD dele estava bem ruim, entenda-se: não funcionava direito, só quando queria, e só com alguns jogos (tive que abrir o PSP várias vezes e quebrá-lo no processo para “resolver” isso).
Restavam, então, três possibilidades:
- nunca jogar os jogos físicos que eu havia comprado, apesar de já ter gasto milhares de reais com eles;
- comprar um leitor de UMD para substituir o meu;
- comprar um PSP novo com o leitor funcionando.
A primeira possibilidade estava fora de cogitação. Eu tentei a segunda, mas infelizmente não existem mais leitores no mercado (só consegui obter um lá nos Estados Unidos, se é que vai chegar um dia). Restava a terceira. Navegando pelo Facebook Marketplace eu achei um cara que estava vendendo o console abaixo (com um jogo) por módicos R$ 250,00 (menos do que custaria trazer um leitor novo dos Estados Unidos para cá). Conversa vai, conversa vem… O cara some e depois fala que o console estava com problema e não iria vender.
Alguns dias depois terminei entrando em contato com ele de novo, pois vi que ele havia reativado o anúncio no Marketplace com um preço bem reduzido (por volta de cento e cinquenta reais). Puxei assunto e ele disse que o console estava com uns engasgos na tela do menu e um “amigo” que “entendia” disse que o problema era que o console estava com problema na memória. Pedi um vídeo para ele e… Vi que o animal tinha reduzido o clock do PSP e não sabia disso.
Explico: quando você faz o desbloqueio do seu PSP, você passa a ter a opção de reduzir o clock do processador para economizar bateria. É um comando simples e que pode ser feito “sem querer”, mas que se resolve mexendo em uma configuração no menu. O “defeito” era esse. Resultado: economizei R$ 110,00. E peguei o PSP, porque estava em um preço muito bom para deixar passar.
Conclusão
E foi assim que eu fiquei com três PSP. Como dizem por aí, um é pouco, dois é bom, três é… O suficiente. O Branco vai ser utilizado para tomar proveito da minha coleção de jogos físicos. O preto, para o resto. E o Go fica como backup do preto e para aqueles momentos em que eu queira jogar com algo diferente.
A diferença entre o “branco pérola” e o “branco normal” é significativa. Um dia, quem sabe, eu obtenha um PSP 3000 branco pérola também. Essa edição saiu só no Japão. Mas eu tenho estado de olho em um PSP azul metálico que vi pela internet há um tempo atrás. Quem sabe?
Fiz uma seleção de jogos cuidadosa para cada um deles, e já estou com vários jogos na fila, mas isso é assunto para a parte 02 desse outro post.
Até breve!